E depois das festividades, sentados na relva a aproveitar o sol deste verão de Sº Martinho, vamos lá responder às perguntas que nos lançaram no nosso desafio. Não foram tantas como as esperadas, o que nos poupa o trabalho e a selecção, mas são boas e algumas desafiantes, a pedir alguma introspeção e que geraram muita conversa e recordações, alguns arrepios, muitos risos… afinal, passaram 12 anos.
À minha frente uma jovem com pouco mais que a “nossa” idade veste uma t-shirt cheia de hashtags e faz a selfie da ordem… o mundo mudou tanto, e tanto que mudámos com ele.
Anything invented after you’re thirty-five is against the natural order of things. Douglas Adams @towelday
Em 12 anos muito mudou… já tenho idade para ter visto mais mortes anunciadas que as efectivas: o video ia matar o radio, a internet ia matar o video (e o radio e a televisão…) e o CD ia matar o vinil, a MTV não sei quê, o digital assim e assado, … esta nossa propensão para aniquiliar é fantástica, e ainda nos admiramos com as guerras no mundo. Juntem um fã de Android e um de Apple e vão ver onde a discussão acaba. Fight!
No final do dia, é apenas fancaria electrónica… e uma fita métrica. Mas eu gosto de pensar que fica mais do que isso. Fica aquilo que é realmente importante quando se desfaz a poeira tecnológica… pessoas, relações, partilha, comunicação, evolução, conhecimento.
Beware of a solution looking for a problem @dirkgor
Foi dito na Re.Work, logo na primeira apresentação do dia. E num evento onde se ia falar de tudo e essencialmente de tecnologia e do seu papel no mundo, isto marcou o tom e deve marcar a nossa vida.
Posto isto, à laia de introdução, resumo e antevisão, vamos às perguntas e respostas:
1. HugoNS @hugons Quando é que fazem uma pizza party e convidam os amigos?
Tens toda a razão… promessas promessas, especialmente sempre que mudamos de escritório, que é coisa para acontecer com frequência (foram 4 em 12 anos). Por causa disto ficámos a pensar no sucesso que foi o Café@Active e que devíamos repetir a experiência. E daqui saltei para outra coisa…
Mesmo sem o check-in no 4square a porta está aberta para talentos que se queiram apresentar. Não precisam de combinar, basta aparecer e apresentarem o portfolio, a ideia, a visão ou o desafio.
2. Joana Esteves @joana_tse 12 anos já não é uma brincadeira de crianças 😛 Qual foi o vosso maior desafio até agora? #12active (ps: Parabéns!)
Esta foi a pergunta mais complicada porque já tivemos vários desafios de peso. Mas da reflexão em conjunto, tenho a impressão de que os maiores desafios foram os primeiros, os da afirmação. Todos aqueles que serviram para nos fazer entrar no mercado como empresa, como conjunto, como convergência de know-how e experiência, agora sem a rede de ter outras pessoas acima de nós a quem se poderiam pedir contas ou satisfações.
Dentro disto tenho um enorme carinho pelo nosso primeiro projecto de digital signage, a GalpTV, onde além da prova da nossa competência havia que provar um conceito e uma nova ideia e logo perante uma Galp. Houve insónias, houve dúvidas, houve medo… mas também houve uma vontade e um arrepio na espinha por ver a coisa concretizada.
3. Tiago Franco @Alarka Que qualidades valorizam mais nos candidatos a novas posições na Active Media?
Acima de tudo a atitude de querer fazer, de entregar, de não fugir dos desafios, de ser capaz de inventar e improvisar, de procurar sempre a melhor solução e caminho, de conseguir convergir com as restantes competências da empresa, de olhar para outras coisas que não apenas o seu quintal…
Conformismos, sim chefe e coisas afins não combinam com o espírito.
4. HugoNS @hugons Agora a sério, qual foi a proposta perdida, que vos deixou mais frustrados?
Ainda não te consigo dizer com clareza… Eventualmente sentimos maior frustração com projectos que abraçámos e não correram nada bem por motivos fora do nosso controlo. Sou obrigado a recordar os projectos em Espanha que foram de mal a pior porque os parceiros locais se desentenderam e nós no meio a olhar para a demência da coisa. O projecto das lojas para o Banesto era brutal e tinha tudo para correr bem… correu muito mal e no dia da instalação do piloto sai de Barcelona com a perfeita noção de que tinha acabado ali. Na Repsol Espanha idem… apanhados no meio do fogo cruzado e de birras.
Ficou uma aprendizagem e duas experiências muito ricas, mas como negócio e projecto, dois desastres em grande.
Coisas que não passaram da proposta? Algumas deixaram pena, outras raiva, outras deixaram a base para outras propostas, outras ensinaram que se calhar não é bem assim é doutra forma e também isso é aprendizagem.
5. inside visions @InsideVisions muitos parabéns por estes 12 anos! o que desejam para este ano?
Espero encontrar o próximo desafio que nos leve a níveis acima dos já adquiridos. Acho que essencialmente é isso. Estar nesta área implica fazer cada vez melhor o que já sabemos e entrar em coisas novas, quer em termos de tecnologias quer pela essência do desafio, para que a estagnação não se instale.
Neste momento estamos com um em mãos, mas ainda não podemos falar nele, e é daqueles projectos com os quais esperamos impactar positivamente a vida de muitas pessoas.
Também espero encontrar o próximo escritório mas esse é um processo sempre em curso.
6. João Costa (via Facebook) Boas, queria saber se o segredo ou a lenda ou o mito, de que existe uma equipa de anões de olhos em bico escondida no Lab da active e que está sempre pronta a actuar em momentos de stress sempre é verdade?
Caro João, gnomos e anões é um tema recorrente. Reza a lenda que existem aldeias inteiras nas máquinas multibanco, nas portas das garagens, nos smartphones, … o que sabemos é que por mais chávenas de café que se comprem, temos sempre que comprar mais porque elas desaparecem.
7. João Costa (via Facebook) A Active Media é a única empresa no mundo que passa briefings efectuando o célebre jogo do telefone estragado?
O que é um telefone?
8. Hugo Fernandes No espírito do #12active pergunto: Os 3 sócios já se envolveram em algo em envolva limpezas em francês?
Frequentemente fazemos o famoso Cleaning Day, em que aproveitamos para despejar a arrecadação/laboratório/despeja bolsos. Juntamos toda a gente e porta fora costumam sair umas toneladas de tralha. É essencial para que as coisas continuem a fluir.
9. Rosario Caeiro (via Facebook) Se a activemedia acreditasse em reencarnação, reencarnaria em quê?
Qual o som de uma única mão a bater palmas?
10. Luis Carrondo (via Facebook) Porque o nome ACTIVE?
Apesar de ser o nosso petit-non, temos sempre que manter a ligação com MEDIA… e na génese, a ideia e missão é a criação e desenvolvimento de meios de comunicação activos, próximos da audiência, mutáveis, evolutivos e dinâmicos.
11. Luis Carrondo (via Facebook) O que vos move? Objectivos, satisfação pessoal, criatividade?
Tudo conjugado e remisturado, sem esquecer que os projectos só fazem sentido dentro da estratégia e objectivos do nosso cliente. Não se trabalha para o umbigo, apesar de em cada projecto metermos todo o nosso empenho para que fique bem e nos orgulhe a sua apresentação pública. Sim, no final queremos acabar, olhar para ele, sentir orgulho e ver resultados.
12. Pedro Rebelo @browserd Malta da @active_media , se um Cliente vos disser que não percebe nada “do Social”, vendem a alma ao Diabo e ensinam o necessário?
Não consideramos que isso seja vender a alma ao diabo. Um cliente esclarecido é um cliente melhor e na maior parte dos casos ele está a entrar em áreas onde de facto não tem conhecimento ou experiência. Ensinar o necessário, dentro de limites razoáveis, faz parte do processo. Ajudá-lo a tomar uma decisão ou a optar por um caminho são formas de melhorar o mercado e o ecossistema em que vivemos todos.
And the winner is…
E assim estão 12 perguntas sobre a Active. Obrigado a todos os que participaram e contribuiram para este importante momento das nossas vidas.
Agora como prometido, resolvemos atribuir o pack de Offscreens ao João Costa. Apesar de só ter aqui duas perguntas publicadas, não queiram saber as que ficaram de fora. 🙂