Hoje trazemos uma checklist para SEO técnico que pode ser muito útil. Só para clarificar, SEO, ou Search Engine Optimization, ou em linguagem corrente…
aquilo que faz com que o meu site apareça nas pesquisas.
A checklist foca-se nos aspectos mais técnicos, ou seja, se tecnicamente o nosso site está a responder a todas as regras definidas pelos motores de pesquisa. Não vamos ver se o que está escrito está certo. Vamos apenas ver se o que temos está tecnicamente certo.
Avaliar se o que está escrito é aquilo que nos interessa, é todo um outro tema que tem muito mais a ver com estratégias de comunicação, em primeiro lugar, e com a correcta implementação técnica.
Checklist para SEO técnico
Eis algumas perguntas a que temos que responder para saber o estado do nosso site:
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O site está a usar HTTPS?
Pode parecer um bicho de sete cabeças mas usar o certificado de segurança SSL e ter o site a ser navegado em HTTPS, é mais fácil que o que parece.
Na maior parte dos casos a empresa que fornece o alojamento ao site pode tratar da operação e forçar a que todas as visitas feitas em http:// sejam automaticamente direcionadas para https://.
Se vir o cadeado activo no site, está tudo bem, se não vir, algo pode estar mal e precisa de ser corrigido.
Se quiser saber mais sobre a falta do cadeado, pode usar o site Why No Padlock e descobrir o que falta ou o que está a impedir que o cadeado apareça.
O site tem versões duplicadas?
Habituámo-nos a navegar usando o www, mas o que acontece é que se pode aceder a um site com ou sem www, e nas configurações devemos indicar o que acontece.
Ou seja, o dominio deve estar configurado para se apresentar em https://www.osite.pt ou https://site.pt. E a que definirmos como principal, deve ser a que recebe todas as visitas.
Se as duas estiverem activas, os motores de pesquisa vão considerar que são dois sites diferentes e isso representa conteúdo duplicado.
Tem um sitemap em XML que o Google Search Console consegue ler?
A Google tem muitas ferramentas de análise e nesta checklist devemos apresentar mais duas. Para além do Analytics, todos os sites devem estar configurados para serem lidos pelo Search Console.
É mais uma fonte de boas informações sobre a forma como o nosso site é encontrado.
Se o nosso site não tem um sitemap em formato XML, é muio natural que esta ferramenta não o consiga ler. Ler no sentido de perceber que conteúdos existem, como estão estruturados, etc.
Para quem tem sites em WordPress, essa instalação é normalmente assegurada por um plugin de SEO, como seja o RankMath ou outros.
Se o seu site não tem, parece que temos mais uma cruz na checklist, ou mais uma tarefa na lista de ToDo’s.
O site apresenta um bom desempenho?
E continuando a falar das ferramentas da Google, a próxima chama-se PageSpeed Insights e só deve ser usada em sites que foram desenvolvidos à medida.
Para sites desenvolvidos sobre plataformas de construção de sites como o Wix, SquareSpace, etc, há outras como por exemplo o Pingdom Tools.
O relatório final vai ter algumas alíneas muito técnicas, que pode partilhar com a equipa que fez o site, mas há outras que podem ser facilmente resolvidas pelas equipas de comunicação.
Uma delas é o peso das imagens. Já sabemos que uma imagem vende melhor, mas se estiver muito pesada vai originar um carregamento mais lento e logo uma penalização.
Existem links HTTP em algumas páginas?
Uma das coisas que origina problemas com o cadeado do HTTPS, é a presença de links para outros sites ou conteúdos baseados em HTTP.
Isto diz ao browser que estamos perante um site com conteúdos mistos e eventualmente pouco seguro, e também vai penalizar.
Já agora aproveitamos para rever se todos os links que temos no site ainda funcionam e apresentam os resultados esperados. Em sites já com alguns anos, é natural que existam casos destes, que devem ser resolvidos ou apagados.
O site é responsive?
Da nossa checklist para SEO, esta deve ser a tarefa mais fácil. Ou abrimos o site no nosso telemóvel, ou encolhemos a janela do browser e percebemos o comportamento.
Ou usamos mais uma ferramenta do Google, o Mobile Friendly.
Tem uma estrutura de endereços (URL’s) amigável?
Em muitos sites mais antigos, os endereços das várias páginas não são amigáveis, ou seja, em vez de ter endereços tipo osite.pt/servicos/ apanhamos muitos que apresentam osite.pt/?aldiaSMNQWMEJ ou coisas ainda mais estranhas.
A máquina não consegue ler o URL e não dá contexto ao conteúdo. E além disso, endereços muito grandes também prejudicam o desempenho do site. Curtos, objectivos e concretos, é o melhor.
Se o ser humano conseguir ler o endereço e perceber onde está, a máquina também vai perceber.
Usa dados estruturados?
Mais um ponto geek na nossa checklist que vamos tentar simplificar. Cada conteúdo pode ser lido pelos algoritmos de forma diferente se estiver associado com determinado tipo de esquema.
Por exemplo, se é um artigo de blog, uma pagina de serviços, de eventos, um produto duma loja. São normas internacionais que muitas plataformas de gestão de conteúdos já usam e que basta indicar caso a caso.
Caso não exista, volte a falar com a equipa de desenvolvimento. Eles terão a solução.
Tem títulos e descrições?
Então, se nem eu percebo o que fazem, como vai a máquina perceber e apresentar o site às melhores pesquisas?
O que escrever tem mais a ver com a estratégia de comunicação e em que pesquisas queremos aparecer, mas técnicamente devemos perceber se temos lá conteúdo e se é decente, pelo menos.
Se não fizer nada, o motor de pesquisa tenta muitas vezes ler o site e mete ali o primeiro texto que encontrar. Podemos e devemos controlar este ponto.
Tem um título em H1? E só um?
E por último na nossa checklist para seo, deixo o H1. O H1 é a formatação de HTML que se dá ao título principal de um site. Normalmente é a primeira frase que encontramos quando entramos no site e que nos diz logo se aquele site nos é útil ou não.
Por questões de hierarquia, só devemos ter um h1, todos os outros títulos devem ser em h2, h3, h4, consoante a sua importância.
Onde podemos ver isto tudo?
E agora? Onde podemos praticar esta checklist e ter a certeza sobre estes pontos e o seu estado para podermos tomar decisões e ações?
Há várias ferramentas online, umas muito completas mas também mais complexas, como é o caso do SEMRush, mas outras sendo mais simples acabam por dar boas ajudas e nesse caso recomendo o SEO Tester Online.
Além das condições básicas que percorremos nesta checklist, mostra também questões de desempenho, mobile e desktop, condições do conteúdo e de sinais sociais do nosso site.
Sim, tudo isto faz parte do SEO, e apenas um aviso. O que está aqui hoje pode mudar no próximo ano. Porque o SEO é um assunto em constante evolução e as máquinas não páram quietas.
Em resumo
E isto é apenas a checklist para SEO técnico… ou seja, aquilo que dizemos à máquina para que ela entenda se merecemos ou ser ser indexados.
Acompanhar o desempenho de um site é uma tarefa que se quer regular para que os ajustes possam ser mínimos em vez de enormes.
Se muitos dos pontos aqui indicados estão mal, talvez seja de considerar um site novo.
Novo no design, na estratégia, na abordagem, no gestor de conteúdos e suas capacidades.
As regras mudam e os sites devem acompanhar, para não perderem visibilidade e relevância.
Para quem já tem o site desenvolvido sobre WordPress, a revisão e a resolução da maior parte destes itens é possivel e viável, e muitas vezes sem dor.
Agora, se esta cheklist para seo vos deixou à beira do desespero, nada de pânico, devemos ter uma solução.
Comentários, acessa discussão ou outra coisa, sobre a utilidade desta checklist para seo técnico, passem pela caixa de comentários ou nos canais do costume. 🙂
Photo by Anthony Martino on Unsplash