O futuro dos ecrãs táteis vai muito para além dos smartphones

Embora o smartphone domine, novas tecnologias e tendências estão a abrir caminho para ecrãs táteis mais adaptados a contextos específicos.

Smartphones guardados em bolsos e malas.

Vivemos numa era onde os smartphones se tornaram extensões da nossa vida digital, ocupando o centro da nossa interação com o mundo, mas será que o limite máximo da evolução dos ecrãs táteis se esgota no pequeno dispositivo que carregamos no bolso?

O “ecrã tátil no bolso”, ou seja, o smartphone, consolidou-se quando se tornou acessível ao utilizador comum e quando a sua capacidade de processamento e portabilidade o colocaram como a solução perfeita para múltiplas tarefas.

Mulher é iluminada pela luz do smartphone.

A omnipresença dos smartphones

Da forma como nos fomos lentamente habituando ao seu uso e de como já não conseguimos passar sem eles, duvido que pensemos muitas vezes na quantidade de tarefas da nossa vida das quais deles dependemos.

No entretenimento já não passamos sem o streaming de vídeos e música, para não falar nos jogos. Quem anda de metro e seja um antiquado leitor de livros, como eu, chega a sentir-se um alien porque uma carruagem inteira se debruça religiosamente sobre o seu retângulo digital.

Em termos de produtividade também já não nos orientamos sem o calendário e a gestão de tarefas ou mesmo a edição de documentos. E o que dizer da navegação e mobilidade, alguém viveria sem o GPS ou sem as plataformas de serviços de transporte. Eu diria que há cidadãos desta cidade, que não fazem ideia, sequer, de como apanhar um táxi.

Compras e consumo, educação e aperfeiçoamento, saúde e bem estar, criatividade, fotografia e podíamos estar aqui a enumerar um sem número de área e aplicações onde nos parece impossível uma vida “antes” do smartphone.

Dedo pressiona ecrã digital.

Mas será que isso significou o fim da inovação nos ecrãs táteis noutros contextos?

Longe disso! Embora o smartphone domine, novas tecnologias e tendências estão a abrir caminho para ecrãs táteis mais adaptados a contextos específicos.

Ecrãs maiores e colaborativos, usados em contexto de salas de aula e reuniões de trabalho, quadros interativos e mesas digitais oferecem experiências que um smartphone não consegue.

Em ambientes industriais, de saúde ou retalho, os ecrãs são projetados para resistir a condições adversas e facilitar operações específicas, são mais robustos e especializados, podem ser “tocados” para e por um publico específico, mas também podem difundir informações úteis e de carácter geral para um público mais alargado enquanto não estão a ser usados.

Ecrã digital do UBBO
Ecrã digital do UBBO
Ecrã digital do UBBO


Nos nossos carros, cada vez mais inteligentes e automáticos, também crescem o uso dos painéis de controlo cada vez mais sofisticados, substituindo botões tradicionais por interfaces táteis.

Combinados com tecnologias como realidade aumentada e virtual, os ecrãs táteis estão a expandir as suas capacidades para além do toque, integrando gestos, voz e até deteção ocular e criando uma experiências imersiva.

Vários dedos interagem com ecrã multidimensional.

Um futuro multidimensional

Portanto, o futuro dos ecrãs táteis está longe de estar limitado ao que cabe no bolso. Eles continuarão a evoluir e a coexistir com outras tecnologias, como assistentes virtuais e interfaces sem toque, criando um ecossistema onde o contexto define a melhor solução.

Se me é permitido fazer alguma futurologia, eu diria que a verdadeira revolução será a integração “transparente” ou seja interfaces táteis integrados discretamente no nosso dia-a-dia e no nosso ambiente, tornando a tecnologia cada vez mais intuitiva e natural e próxima da experiência humana.

Afinal, o “melhor ecrã tátil” será sempre aquele que atende às necessidades do momento, seja no bolso, no trabalho ou na sala de estar.

Mas estamos curiosos, como imagina o futuro dos ecrãs táteis?

Acha que os smartphones continuarão a dominar ou que novas interfaces irão revolucionar a forma como interagimos com a tecnologia?

Ou outros ecrãs serão igualmente úteis e podem criar boas sinergias? Partilhe connosco a sua opinião!

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