Desde crianças que aprendemos com jogos. A verdade é que um bom jogo faz com que a criança realize voluntariamente trabalho repetitivo durante horas.
Vivemos na Era da informação e isso faz com que existam imensos feedbacks na internet. É fácil encontrar uma crítica negativa sobre um produto e isso torna o consumidor de hoje mais exigente do que nunca.
A gamificação apela às sensações das pessoas e tanto a Geração Y como a Geração Z se movem por sensações. O sentido de concretização pessoal, de diversão e de competitividade estão presentes nesta abordagem. Estar envolvido na vida dos consumidores faz com que a empresa esteja na cabeça (consciência) deles.
A gamificação é a promoção de experiências que integram elementos de jogos, através da criação de conteúdos que mantém os jogadores interessados e motivados. O objetivo é propocionar momentos lúdicos e divertidos. Apostar no futuro é criar uma experiência de consumo que faça com que o cliente se sinta totalmente emergido.
A indústria 4.0 criou o consumidor 4.0.
Para este, o produto e a qualidade-preço só não chegam, para o fidelizar é preciso envolvê-lo, criando uma experiência que lhe agrade. É ao aproximarmo-nos do consumidor final que percebemos as suas preferências.
O marketing tem a responsabilidade de estabelecer o diálogo com qualidade, estimulando o cliente. Para o consumidor 4.0 o atendimento deve ser rápido, eficiente e autêntico. Existe uma preocupação maior com o que a empresa representa, com a sua sustentabilidade e as suas causas.
É preciso satisfazer as necessidades individuais, mas deixar a sensação que fazem parte de algo maior.
Um processo gamificado é uma forma simplificada de enfrentar o desafio da convergência entre o online e o offline. É estimulando a imaginação e a criatividade das pessoas que se junta o melhor dos dois mundos: as experiências online e as vivências do mundo físico.
A gamificação estimula a procura por novos desafios semelhantes aos iniciais. Isto cria uma preferência e faz com que as pessoas sigam e se tornem fieis. É importante realçar que as plataformas digitais também transformam a publicidade “boca-a-boca”.
Não basta só agradar ao consumidor, é preciso envolve-lo de forma a fazer com que seja ele próprio a ter a iniciativa de compartilhar o conteúdo.
A Buyer Persona
Atualmente vai-se além do público-alvo. Para a gamificação funcionar a persona deve ser o mais detalhada e específica possível. A persona não tem como base suposições ou hipotéticas ações, é baseada em dados reais. Assim, os analistas têm de alinhar os dados recolhidos com as metas da empresa.
Optimizar uma empresa pode ser um verdadeiro desafio. Encaixar experiências gamificadas neste processo facilita a obtenção de dados, como os hábitos de consumo e as preferências dos jogadores.
Estes dados tornam as personas do negócio cada vez mais específicas, fazendo com que seja mais fácil responder às necessidades do consumidor.
É preciso ter atenção…
- Design – deve ser adequado à persona. É preciso ter em atenção o uso das cores, dos desenhos… para que seja uma experiência agradável.
- Storytelling – O enredo não precisa de ser complexo, só tem de ser interessante o suficiente para que o consumidor se sinta atraído.
- Níveis – O sentimento de recompensa e de responsabilidade estimulam a continuação da experiência, podem ser essenciais para se conseguir captar a atenção do jogador.
- Duração – O tempo limite é o que gera o sentido de urgência e cria motivação extra para se completar a tarefa. Potencializa-se o sentido de satisfação.
O que se deve evitar?
Pode-se ter todos os elementos certos e completos e o jogo ser aborrecido e pouco ou nada motivacional. As mecânicas do jogo não devem ser complicadas para que o jogador adira facilmente. Os objectivos devem ser claros.
As regras são fixas para que as métricas possam ser bem medidas. Estas vão ser importantes já que devem existir atualizações para que a experiência funcione a longo prazo. As métricas e o feedback devem ser recolhidos com frequência.
… Concluindo
A curiosidade é uma característica intrínseca. Faz-nos querer desenvolver habilidades e conhecer o que nos rodeia um bocadinho melhor.
É através de histórias que nos sentimos relacionados com o tema. A gamificação torna a oferta mais personalizada e aumenta o envolvimento dos clientes com a empresa.
As recompensas aumentam a lealdade e o sentimento positivo em relação à marca. No entanto é preciso manter a experiência do jogo inovador, divertido e motivador.
Nota da Active
Este artigo foi escrito pela Margarida Gonçalves, aceitando um desafio que lhe lançámos. De momento não temos espaço para lhe dar um estágio de verão, mas ficámos com pena e esta é a nossa forma de lhe dar visibilidade e destaque.
Queremos muito que ela encontre um estágio para este verão. 🙂
O resto já sabem, comentem, partilhem, digam coisas, na caixa mais abaixo ou pelos meios do costume.