O meu site é um bonsai em 8 dicas simples

De tantas vezes dizer "um bom site", a expressão derivou em bonsait, e vai daí bonsai, e vai daí, porque não encarar o nosso site como um bonsai?

De tantas vezes dizer “um bom site”, a expressão derivou em bonsait, e vai daí bonsai, e vai daí, porque não encarar o nosso site como um bonsai?

O meu site é um bonsai porque tal como um pequeno bonsai, precisa de atenção continuada, luz, água, carinho, intervenções cirúrgicas e cuidadosas, e todos os detalhes importam.

Como não percebo nada do tema, fiz algumas pesquisas e gostei das 8 dias deste site que agora vou transformar em dicas de como tratar dum site como se fosse um bonsai.

O que é um bonsai? E porquê comparar com um site?

Pela definição, um bonsai é uma pequena árvore que se planta num prato ou numa bandeja. Diz que é uma obra de arte, uma réplica da natureza em ponto pequeno, muito mais que uma obra de jardinagem.

E é inevitável associarmos o bonsai a cuidados cuidadosos e continuados. De tal forma que existem hospitais de bonsais e até locais onde os podemos deixar durante as férias.

Ter um bonsai bem cuidado é a demonstração maior de que somos capazes de cuidar de outro ser vivo.

E vai daí…

Também o nosso site é uma representação da nossa marca, do nosso negócio, e como tal, temos que lhe dar atenção e cuidados permanentes, senão morre. Tal como o bonsai.

Regar é… dar atenção

Não é único dos bonsais, mas qualquer planta precisa de água, ou seja, de atenção. Saber quando regar implica saber as condições em que está a viver e perceber se é a altura certa ou não.

Regar de mais ou de menos é mau. Há que acertar.

Se não dermos atenção ao nosso site não sabemos se precisa de cuidados, sejam eles novos conteúdos, a resolução de bugs, a adaptação de alguma funcionalidade, a revisão do SEO técnico, …

Um site é um ser vivo, se tratarmos dele, ele trata de nós. Se o esquecermos, não queiram saber as boas coisas que vai dizer de nós.

Também não devemos regar demais… pode-se tornar obsessivo e há mais coisas para fazer na comunicação da marca.

Verificar a humidade é… olhar para os dados

Manter um olhar critico e regular aos dados de visitas, às conversões, ao tempo na página, ao fluxo de conteúdos, aos reports de SEO que podemos obter via SEMRush, por exemplo, é o equivalente à verificação da humidade do solo.

Dizem os especialistas que algumas plantas gostam do seu stress hídrico… que isso as obriga a desenvolver raizes mais longas.

Muitas vezes os dados que obtemos em diversos reports não são instantâneos às nossas ações. Vamos dar algum stress ao site a ver como se comporta ao longo do tempo, antes de pensarmos numa intervenção mais profunda.

Podar é… ajustar e adaptar

Podar uma planta significa compreender o seu crescimento orgânico. Para onde estão os ramos a derivar? Algum deles está a tirar força ao conjunto? Ou está-se a tornar um corpo estranho?

Podar significa que temos que ir ajustando e adaptando, para que o crescimento do nosso site possa também ele ser mais orgânico.

Não está a responder às expressões de pesquisa ou às keywords que pensámos para ele? Vamos ajustar conteúdos.

Onde deixar é… avaliar o alojamento

Não tenho um bonsai mas tenho manjericão, e acertar com a janela certa ao longo do ano é o meu desafio. Numa tem demasiado sol de verão mas é boa de inverno, noutra tem mais fresco mas falta-lhe a luz.

No caso do site é mais simples. Se está a ficar lento, uma das causas pode ser o desempenho do alojamento. Teremos contratado o pacote certo? Está bem pensado para o tráfego que conseguimos receber?

Um mau desempenho do alojamento prejudica a avaliação do site pelos motores de pesquisa, por isso devemos observar e avaliar, e se for necessário, mudar de serviço.

Aqui pela Active gostamos muito dos serviços da PTISP e do seu suporte. É uma recomendação e uma compra nacional. 🙂

Adubar é… criar novos conteúdos

Há uma frase famosa, penso que dita por biólogos ou assim, e já a apanhei em muitas apresentações… “a merda de uns é o alimento de outros”, ou o já muito famoso “Share your Shit”, que vai no mesmo sentido.

Sempre que criamos novos conteúdos, estamos a ajudar o nosso site a crescer. É o seu adubo. Faz crescer visitas, notoriedade e demonstração de expertise em determinado tema.

Sempre que escrevemos e partilhamos o nosso conhecimento, corremos o sério risco de alguém apreciar, voltar a partilhar, voltar a visitar, conhecer mais páginas e um dia… temos um cliente que chegou porque gosta do que lê e identifica-se.

Share your shit, já tinha dito? Há tanto em comum entre a biologia e a tecnologia. 🙂

share your shit

Escolher o vaso certo é… ter o design e a tecnologia adequados

O design dum site deve ser adequado à marca que representa. Senão fica mal. Pode ser demasiado sofisticado ou demasiado simples. Tal como o vaso.

Pode ser muito grande ou muito pequeno, muito alto ou muito baixo. Temos que escolher o mais adequado à nossa planta. E o design também.

Assim como a tecnologia que lhe dá suporte. Não devemos escolher algo que seja demasiado simples e nos impeça de crescer, nem algo demasiado complexo que depois se torna difícil de manter.

É um equilíbrio entre as necessidades do momento e a ideia de crescimento no futuro, sem limitar mas também sem exagerar.

Trocar de vaso é… mudar quando é preciso

E também não nos devemos agarrar demasiado a decisões passadas. Se o design ou a tecnologia já não nos permitem outros voos, então mudamos. Se as raizes estão apertadas e até já racharam o vaso, então mudamos.

As mudanças são necessárias e devemos estar preparados para elas, tendo sempre os devidos cuidados, para além dos já muito falados backups e etc.

No caso do site é preciso dar especial atenção sempre que mudamos a organização dos conteúdos. Será necessário criar redirecionamentos entre os conteúdos antigos e os novos, entre a estrutura de URL que ficou para trás e a nova.

Preparar o novo vaso, escolher bem a terra, adubá-la e depois mudar o site… o bonsai, quero eu dizer.

Cuidado com pragas e doenças é… segurança

Outro dia o meu manjericão foi atacado por uma lagarta. Em menos que nada ficou sem folhas. Estava distraído. Nos dias que correm não nos podemos distrair com a questão da segurança dos sites.

Manter o gestor de conteúdos e os plugins actualizados, o sistema operativo do alojamento, instalar módulos de segurança e usar passwords seguras, entre outras coisas.

Quando damos por hacker é normalmente tarde. Da mesma forma que o meu manjericão… ficou sem folhas.

Pode vir em último da lista, mas tratar e dar atenção à segurança é uma tarefa diária e qualquer coisa fora do normal deve chamar-nos a atenção e levar a verificar o que se passa.

Um site sem atenção, é uma bela tentação!

Em jeito de conclusão

Se deixaram o vosso site só triste e abandonado (tal como o bonsai que compraram num mercado da moda, e nunca mais olharam para ele até se ter tornado em ramos carecas) não esperem que ele vos respeite.

Os sites querem-se vivos e dinâmicos, sempre actualizados, sempre prontos, sempre a evoluir.

Um site morto é uma desgraça e devia-se transformar num lindo prado verde (já uma vez escrevi sobre isso), sempre poupava energia, espaço em alojamento e dava melhor imagem do dono.

E gosto tanto destas relações entre a natureza e a tecnologia, entre o analógico e o digital. Se seguirmos mais vezes estas ligações, tenho a certeza que o nosso panorama digital se torna muito mais real e vivo.

Por isso…

Não deixei o seu site abandonado e espero sinceramente que estas pequenas dicas ajudem a definir um plano de atenção regular

Se isto suscitou alguma reação (parece que é palavra do momento), é partilhá-la pelos sítios do costume… nos comentários, nas redes ou no email, enquanto vou tratar do manjericão.

via GIPHY

Photo by Todd Trapani on Unsplash

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