Os desafios da AI para a pessoa Humana

Agora que tudo na vida tem AI, ou IA, como preferirem, só me lembro dos anos 2000 em que tudo tinha Aloe Vera. Tudo, literalmente. Nada ficava de fora.

Mas hoje não me quero alongar, nem entrar em questões que todos os dias me preocupam ao ver esta corrida desalmada de entrega à máquina, sem qualquer sentimento critico.

Hoje, quero destacar aquilo, que neste momento, me parecem ser desafios reais ao ser humano que vai usar esta nova ferramenta, este novo berbequim, este novo martelo para a resolução de coisas diversas na nossa vida.

E vou já dar spoiler… pessoas de humanidades? Chegou a nossa hora! 🙂

Vais ter que ler mais

A primeira questão essencial, desde sempre, é que tu só sabes escrever se leres bastante. Ler de tudo, desde romances a não ficção, a autores nacionais e estrangeiros. Desde clássicos a contemporâneos.

Ler bastante ajuda-nos a fazer bem o passo seguinte. E qual é o passo seguinte?

Também tens que escrever mais

Certo. Escrever. Muito. De tudo um pouco. Seja uma coisa Agora que tudo na vida tem AI, ou IA, como preferirem, só me lembro dos anos 2000 em que tudo tinha Aloe Vera. Tudo, literalmente. Nada ficava de fora.

Mas hoje não me quero alongar nem entrar em questões que todos os dias me preocupam ao ver esta corrida desalmada de entrega à máquina sem qualquer sentimento critico.

Hoje quero destacar aquilo que neste momento me parecem ser desafios reais ao ser humano que vai usar esta nova ferramenta, este novo berbequim, este novo martelo para a resolução de coisas diversas na nossa vida.

E vou já dar spoiler… pessoas de humanidades? Chegou a nossa hora! 🙂 para ninguém ler, seja um email, seja um relatório ou uma apresentação.

A escrita é a forma de expressar um pensamento, uma ideia, uma visão.

Se não sabes escrever, é pouco provável que te consigas exprimir de forma clara. E se não te exprimes de forma clara, os outros não te percebem.

E pensar mais de forma abstrata

Ou por outras palavras, diria que voltar à discussão filosófica, que nos ajuda a trabalhar o pensamento crítico, a colocar questões, a levantar dúvidas ou a fazer perguntas.

Reparem na fisicalidade da frase anterior… colocar, levantar, fazer. Adoro!

Mas o que é certo é que tudo isso deriva, de forma muito natural, do exercício da leitura e da escrita. E, sem eles, essas capacidades serão menores.

Juntar cultura

Musica, história, arte, design, seja o que for… as ideias nascem por associação de coisas e essas coisas partem, muitas vezes, da mera exposição ao belo. E ao feio também. Não se retire mérito ao poder do feio como energia criadora.

Ver, ouvir, ler, assistir… dá-nos referências e referenciais. E uma pessoa sem referências é como uma praia sem bolas de Berlim.

Wax in…

Se até aqui não adivinharam, eu explico.

A nossa relação com uma plataforma de AI implica que a minha comunicação com a máquina seja clara, assertiva e explicita, para que ela me consiga entregar o que eu pretendo.

E bem sabemos como a linguagem tem nuances e subtilezas, que nem todos os humanos apanham, quanto mais uma maquineta ainda na infância.

Um AI dá-me resultados em função do que escrevo, como escrevo, como questiono, como volto a perguntar, como clarifico, como ajudo a perceber. Tudo isso é escrita e pensamento crítico.

E convêm, que na nossa cabeça existam as tais referências, porque temos que validar e, mais uma vez questionar o resultado que nos é apresentado.

Portanto e resumindo… pessoas de humanidades, fritos da cultura, pensadores sem abrigo, desavindos da tech, ratos de biblioteca… chegou a vossa hora!

Vocês podem ser o interface mais natural com a tecnologia mais avançada, porque em vocês residem desde sempre as capacidades mais necessárias para fazer avançar a tecnologia e tirar dela o melhor partido.

A todos os outros que apenas sabem clicar em botões? Boa sorte com isso. 🙂

Foto de Yasuo Takeuchi na Unsplash

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