É um blog e uma newsletter! Em bom!

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Nos últimos dias tenho rido a bom rir com o blog e newsletter do Nick Cave, o The Red Hand Files. Também há dias mais introspectivos e que nos deixam a pensar.

Mas tem sido isso a vida dele e para quem é fã (me, me, me) acompanhar a vida mais pessoal dum artista sem precisar de entrar no seu lado privado, é uma forma de estar mais perto de quem admiramos.

É um blog!

O Red Hand Files é efectivamente um blog, que parte dum princípio de relação com os fãs em modo simples “Ask a Question“. E elas lá vão aparecendo e com regularidade temos uma escolha e uma resposta.

São quase sempre curtas, quer as perguntas quer as respostas, mas também as há bem longas e demoradas, e tanto as podemos ler no blog como na newsletter.

Começa quase como um diário aberto, uma partilha honesta e transparente. E sem medos, como nos habituámos a ver em todo o seu percurso.

Mesmo para quem não aprecie a música, recomendo os livros ou o documentário “20.000 dias na terra”.

É um gosto perceber as relações, a música, o processo criativo, o ambiente em que tudo se desenrola e que nos traz uma realidade muito genuína a tudo.

Não é fake, são dias a sério de quem é o que é porque é o que é.

É uma newsletter!

Simples, sem mais nada, apenas o conteúdo e por inteiro. Não preciso de ir ao blog fazer nada, está tudo ali. Não caça cliques, não pede visitas desnecessárias.

E nos últimos tempos confesso que têm sido estas as que guardo. As que partilham sem pedir nada em troca. Acredito nisto e é o que tenho tentado praticar na nossa.

Porque acima de tudo queremos relações. Os cliques podem medir muito ou pouco. Ou não medir nada. Porque no final conta mais o feedback que recebemos.

E aqui acredito que a quantidade de perguntas conte muito mais que tudo o resto. Até porque cliques e views deve ter ele com fartura.

E depois temos o caso do piano

E de como algumas marcas ainda podem ignorar olimpicamente um “influencer”.

No último concerto que deu, Nick Cave usou um piano diferente, duma marca que não conhecia e ficou apaixonado pelo piano, pelo som, pela experiência.

E todos os dias temos novidades sobre uma tentativa do agente lhe conseguir um piano “for free”. Ora parece que na Fazioli nem nunca sequer ouviram falar no homem.

E mais não vos conto, só que devem ir ler e rir um bocado com o processo, com as iniciativas de crowdfunding e uma mensagem final que talvez resolva o assunto, mas penso que ainda vamos ter mais episódios.

“Why don’t you just buy your own fucking piano, you cheap c**t.”

E tudo isto é conteúdo… em tão bom!

Que mais vos posso dizer… que a nossa inspiração não está nas normas do mercado, na concorrência, nos que são parecidos… a nossa inspiração tem que estar nos outros, nos diferentes, nas coisas fora da nossa área de trabalho e de análise.

Ter um blog e uma newsletter não devem servir só para objectivos comerciais.

De vez em quando temos que nos abrir e mostrar outros lados de nós e de quem nos rodeia. Até convidar outros a escrever no nosso espaço, que lá por ser nosso, não quer dizer que não seja partilhado.

Espero que esta partilha de hoje vos inspire e acima de tudo vos faça rir um bocado com a história do piano. As outras não são tão risonhas, mas não deixam de ser mensagens de esperança.

E agora… agora olha… perguntem coisas, porque não?

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